Batismo Rio Ohio 1933 e a Trajetória Pentecostal de Branham
Em julho de 1933, sob um calor intenso, William Branham realizou reuniões de avivamento em uma tenda financiada por Roy Davis. Estas reuniões são consideradas um marco importante para os seguidores de “A Mensagem”. Branham começou a contar sua história de vida de diferentes formas ao longo do tempo, e as narrativas sobre esses eventos evoluíram significativamente. Em uma versão amplamente difundida, durante um serviço de batismo no rio Ohio, quando Branham estava batizando o décimo sétimo convertido, os céus teriam se aberto. Uma luz brilhante desceu sobre sua cabeça, e uma voz proclamou: “Assim como João Batista foi enviado para antecipar minha primeira vinda, assim você foi enviado com uma mensagem que precederá minha segunda vinda”. Este evento teria sido testemunhado por milhares de pessoas, com relatos emocionantes de crianças gritando, mulheres desmaiando e repórteres cobrindo a história que se espalhou pelos Estados Unidos e Canadá. No entanto, registros históricos sugerem uma versão menos dramática. As reuniões tiveram a participação de menos de 100 pessoas, com apenas 14 convertidos mencionados em um artigo de jornal da época—o único registro conhecido dessas reuniões. Roy Davis utilizou o evento para fazer a transição da liderança de sua congregação para William Branham. Nenhuma testemunha ocular conhecida pela mensagem confirmou ou relatou ter ouvido a voz no céu. 85 – Eu estava batizando-os no final da Spring Street em Jeffersonville, Indiana, no Rio Ohio, quando… quase sete ou oito mil pessoas de pé na margem, testemunharam, que às duas horas da tarde, junho de 1933, como uma Coluna de Fogo desceu do céu e pairou sobre onde eu estava. 86 – O “Courier Journal” e o “The Times News”… não, foi o… [O irmão Branham estala os dedos — Ed.] Ah, vou pegar o nome do jornal em um minuto, [Ele estala os dedos novamente — Ed.] se eu pudesse pensar nisso, o jornal de Louisville: ótimo artigo: Luz mística aparece sobre evangelista batista local enquanto batizava no rio. Coisa muito mística, as pessoas não conseguiam entender. Muitos desmaiaram com a presença dela. O anjo do Senhor desceu e pairou sobre onde eu estava.55-0227E — A Cura da Filha de JairoRev. William Marrion Branham “Como muitos correram commedo, e outros se ajoelharam em oração, uma voz falou da coluna de fogo para elee disse Como João Batista foi o precursor da primeira vinda de Cristo, assim suamensagem é a precursora da segunda vinda de Cristo. Claro que só ele ouviu aspalavras…” Vayle, Lee (1967) Profeta do Século XX. pág. 37 Infelizmente não houve nenhum jornal na época que relatou o ocorrido conforme a descrição de William Branham, o que podemos entender como uma história inventada por ele próprio. O Avivamento da tenda de 1933 foi o início de uma transição da Primeira Igreja Batista pentecostal de Deus para se tornar o Tabernáculo Pentecostal Billie Branham. George D’ark e Graham Snelling que eram presbíteros de Roy Davis, agora, eram assistentes do Tabernáculo Pentecostal Billie Branham que seria aberta em breve. Após o término do avivamento na tenda os 3 homens, William Branham, George D’ark e Graham Snelling voltaram a ministrar os cultos normalmente na igreja Batista pentecostal de Deus até o ano seguinte em Abril de 1934 onde ocorreu o incêndio do estabelecimento os obrigando a voltarem para a tenda de Avivamento, após isso Roy Davis com a ajuda dos ansiãos e membros de sua família, ele estabeleceu o Tabernáculo Pentecostal Billie Branham. Durante o primeiro ano, faziam seus cultos na tenda na esquina da rua Pratt com a rua 8 e só em 1935 construíram então a igreja no lote ao lado onde está hoje o Tabernáculo Branham. Agora, voltando na questão dos assistentes, Graham Snelling e George D’Ark… George D’Ark trabalhou em estreita colaboração com Roy Davis por vários anos e tinha a reputação de pregar sobre uma crença de que as raças não-brancas eram híbridos humano-animal criados pelos pecados sexuais de Adão e Eva e seus descendentes. George morreu na enchente do rio Ohio em 1937, deixando Branham como o líder definitivo do Tabernáculo. Agora Graham Snelling tornou-se assistente do Tabernáculo Branham em 1948, porem em 1952 ele teve um desentendimento com William Branham pois ele descobriu que William Branham estava exagerando na história contada por William Branham sobre o batismo de 1933.Snelling foi expulso do tabernaculo pouco depois de William Branham ter uma visão de que Snelling estaria tendo um caso extra conjugal. E parece que acusar os detratores de infidelidade se tornou algo comum empregado por Branham. Depois que o Snelling saiu, houve uma pequena divisão na igreja. Algumas pessoas, como Curtis Hooper, foram com ele pra nova igreja. Mas antes disso, Snelling, D’Ark e Branham estavam tocando juntos o grupo local dos seguidores do Roy Davis. Branham viajava bastante pela região, visitando outras igrejas ligadas ao Roy Davis e também participando do movimento pentecostal que estava crescendo em Indiana, Kentucky e Ohio. Em agosto de 1934, o Reverendo Frank Curts, um importante ministro pentecostal da Unicidade de Cincinnati, visitou a congregação do Branham pra pregar. Um mês depois, Branham foi pra Mishawaka participar da Assembleia Geral das Assembleias Pentecostais de Jesus Cristo, na igreja de G. B. Rowe. Essa denominação era uma das principais dos pentecostais da Unicidade e depois virou a Igreja Pentecostal Unida em 1945. Branham disse que foi convidado de última hora pra pregar na convenção, mas não tem provas disso. De qualquer forma, essas conexões com figuras importantes do movimento pentecostal abriram portas pra ele visitar outras igrejas da Unicidade na região. 147 E quando eu estava voltando do lago, comecei a ver, entrando em Mishawaka e South Bend, Indiana, e comecei a notar carros que tinham letreiros na traseira, diziam: “Só Jesus.” E pensei: “Parece estranho: ‘Só Jesus.’” E comecei a notar aqueles letreiros. E estava em toda parte, de bicicletas, Fords, Cadillacs, e tudo mais: “Só Jesus.” E acompanhei alguns deles, e chegaram a uma grande igreja. E descobri que eles eram pentecostais. 148 Eu tinha ouvido falar de pentecostais, mas eram um
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