Paz e graça, queridos irmãos. Eu sou Wilson Rogério e estou aqui para compartilhar minha experiência com a Igreja Tabernáculo da Fé, um grupo que segui por cinco anos. Esse grupo, liderado por William Marion Branham, é considerado uma seita por muitos, incluindo o Pastor Fernando Gale, com quem estou falando hoje. Minha jornada começou em 1996, quando me converti na igreja congregacional em Pernambuco. Em 2000, conheci um irmão da “mensagem” – é assim que eles se referem ao movimento Tabernáculo da Fé. Esse irmão me questionou sobre o batismo e me apresentou Atos 2:38, dizendo que o batismo verdadeiro é em nome do Senhor Jesus Cristo, não em nome da Trindade. Sem muito conhecimento bíblico, comecei a acreditar e a frequentar os cultos do tabernáculo, que eram muito diferentes do que eu estava acostumado. No Tabernáculo da Fé, William Branham é o centro de tudo. Há fotos dele e de uma coluna de luz que dizem representar Jesus Cristo. Eles acreditam que Cristo voltou em 1963. Eu me apaixonei por essas crenças e comecei a ler todas as literaturas do profeta Branham. Tanto que nomeei meu filho William em homenagem a ele. Uma das doutrinas mais chocantes que aprendi é que eles não batizam em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Para eles, isso é a marca da besta. Branham acreditava assim até 1953, depois ele passou a pregar um tipo de dualismo e arianismo. Quando batizam, eles dizem “Eu te batizo em nome do Senhor Jesus Cristo”. Eles consideram o conceito da Trindade como algo espúrio, e rejeitam qualquer escrita que a apoie, alegando que é necessária uma revelação divina para entender a verdade. O movimento tem muitas crenças extremas e misóginas. Branham dizia que a mulher foi a causa do pecado e que ela é inferior ao homem. Ele chegou a dizer que a mulher não merece uma bala e que ela é uma lata de lixo moral. Ele acreditava que as mulheres eram um subproduto que trouxe a morte para o mundo, e que sempre que vemos um caixão, devemos lembrar que foi a mulher que trouxe a morte. Em uma mensagem pregada em 1965, ele afirmou que a mulher é pior do que uma cadela. Além disso, Branham ensinava que a serpente no Éden tinha 3,60 metros de altura e teve relações com Eva, algo que parece totalmente absurdo. E, claro, há divergências dentro do grupo, com alguns acreditando que William Branham tem um novo nome no céu ou que ele vai ressuscitar para cumprir profecias que ele não cumpriu em vida. Essas experiências me mostraram o quão perigoso pode ser seguir cegamente um líder religioso sem questionar suas doutrinas. Hoje, graças a Deus, estou livre dessa seita e frequento a Assembleia de Deus, Missão aos Povos, sob a liderança do Pastor Álvaro. Espero que meu testemunho possa ajudar outras pessoas a refletirem sobre suas próprias crenças e buscarem a verdade na palavra de Deus. William Branham plagiou muitos teólogos. Ele dizia que os teólogos eram a perversão, mas plagiou muitos teólogos. Ele pregou sobre as sete eras da igreja e pegou isso de um teórico chamado Clarence Larkin. Desculpe a pronúncia do meu inglês, é quebrada, mas é isso. É interessante que ele diz que estava caçando javalis, de acordo com a mensagem “Parado na Brecha”, e sete anjos vindo da eternidade tomaram ele entre os céus e a terra e mandaram ele, William Branham, abrir os sete selos. Aí ele pega a argumentação do teólogo Larkin, que fala sobre as sete eras, e introniza algumas coisas, algumas crenças dele. Seus adeptos dizem que só o Branham poderia revelar os selos. O Branham também afirmou isso, que só um profeta, de acordo com Malaquias capítulo 4, versículo 5 e 6, e Mateus 17:11, poderia revelar os sete selos. E esse profeta era ele, William Branham. E o mais interessante é que está documentado, tem até um livro chamado “Legend of the Fall” (A Lenda da Queda). William Branham às vezes assinava cheques como “Profeta”, de tão humilde que ele era. As crenças dele, na verdade, ele pegou de muitas pessoas e sempre dizia que era Deus que deu as doutrinas. Exemplo, ele diz que o profeta de Malaquias, capítulo 4, versículo 5-6, ia pregar a semente da serpente, casamento, divórcio, e essas coisas. E esse profeta não podia ser contestado, pois era Deus falando, não o homem. E T. L. Osborne disse que William Branham era o próprio Deus em carne. Veja só que loucura. T. L. Osborne, William Branham ajudou muito ele. Osborne escreveu um livro chamado “Deus em Carne no Século XX”, argumentando que Deus fez carne novamente e Deus era William Branham. E não só isso A mensagem de William Branham diz que existem duas sementes, a semente de Caim, a semente da serpente, e a semente de Adão. E as duas sementes passaram pelo dilúvio dentro da arca, com as sete pessoas. Todos que rejeitam a mensagem são filhos da serpente. Eu sou descendente de Caim para eles, porque não gosto da mensagem deles. Na verdade, nem de Caim, mas de Satanás. Para eles, a palavra “sede fecundos” seria pela palavra falada, não pelo sexo. Eles acreditam que Adão teria dito “fica grávida” e assim Eva engravidaria, não pelo sexo. Além disso, eles ensinam que a serpente era muito parecida com o homem e só depois da maldição começou a rastejar e não poderia mais ter relações com mulheres. Isso é dito na mensagem “Semente da Serpente” pregada em 1958. Eles também acreditam que são a única religião verdadeira e que só aceitando o profeta e todos os ensinamentos deles se pode chegar a Deus. Se você discordar de um ensinamento, está negando o profeta e é a semente da serpente. Outro ponto absurdo é que William Branham previu a volta de Cristo para 1977. Ele acreditava que o mundo ia acabar até 1977, como afirmou na mensagem “As Sete Eras da Igreja, a Era