João Chivela
Olá, irmãos e irmãs. Primeiramente, quero agradecer ao irmão Will por esta oportunidade que me concede. Este momento era esperado há muito tempo, mas por questões técnicas nunca aconteceu antes. Saudações a todos e que Deus os abençoe. Sobre como me tornei crente da mensagem de William Branham, foi em 2012, através de um evangelista que pregava na casa de um amigo. Fui convidado a assistir a um estudo bíblico, e muitas das perguntas que eu tinha na época foram respondidas. Desde então, decidi seguir a mensagem. Ao longo dessa caminhada, vivi momentos marcantes, principalmente pelo companheirismo com os irmãos. Fiz boas amizades, algumas ainda persistem, outras não. Não testemunhei nada sobrenatural, mas a doutrina me atraiu, achava-a correta e acima das doutrinas denominacionais. No entanto, mais tarde descobri que não era bem assim. Algo de bom que a mensagem acrescentou à minha vida foi me fazer conhecer mais a Bíblia. Antes, como católico, lia pouco. A mensagem me incentivou a ler e pesquisar mais as Escrituras, e isso foi muito positivo para mim. Descobri as mentiras de William Branham através de literaturas e sites de ex-crentes. A maior mentira que me chocou foi o plágio. A visão que ele dizia ter recebido, na verdade, estava no livro de Clarence Larkin. Isso me fez questionar bastante a mensagem. Também descobri que a doutrina da Semente da Serpente, que eu pensava ser uma revelação nova, já existia desde o século VI. Quando compartilhei essas descobertas com pastores e líderes, muitos apelavam à “revelação”. A resposta comum era que eu precisava ter mais revelação, e me aconselhavam a parar de ler outras coisas para não perturbar minha fé. Por isso, decidi parar de tentar convencê-los e segui meu caminho. Quando decidi deixar a mensagem, a reação da minha família e amigos foi variada. Alguns familiares decidiram continuar na mensagem e nossa relação ficou mais restrita. Já os amigos que seguiam minhas publicações criticaram, dizendo que eu estava sendo seduzido pelo diabo. Aos jovens que eu evangelizava, aconselhei que continuassem lendo a Bíblia com um espírito crítico, questionando os pontos doutrinários da mensagem. Acredito que, cedo ou tarde, eles também sairão em busca da verdade. Sobre o movimento da mensagem em Angola, ele tem crescido bastante, com muitos jovens pregadores levando a mensagem adiante. Mas também há pessoas se levantando contra, e alguns jovens e mulheres estão abandonando a mensagem ao descobrir a verdade. Hoje, fora da mensagem, sinto-me livre de preconceitos. Vejo todos como irmãos, independentemente da denominação. Tenho a liberdade de ler e estudar o que quero, sem a pressão de seguir padrões estabelecidos. Meu conselho para aqueles que ainda estão na mensagem é que leiam mais a Bíblia e pesquisem literaturas. Não esperem a verdade dos púlpitos da mensagem, que estão comprometidos com William Branham, e não com a verdade. Aos que saíram, continuem lendo e pesquisando, pois o aprendizado é contínuo. A salvação, segundo a Bíblia, é através de Jesus Cristo, e não precisamos de um profeta para isso. Se alguém deseja filiar-se a uma denominação, não vejo problema, pois a salvação é garantida por Cristo. Agradeço novamente ao irmão Will por esta oportunidade e a todos que têm trabalhado para desmistificar a mensagem de William Branham. Graça e paz a todos.